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Consultores Tributários > Gestão e Administração > Setor fiscal e qual sua relevância para uma empresa
Gestão e Administração

Setor fiscal e qual sua relevância para uma empresa

Leite e Dayan Consultores Tributários
17/01/2025
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O que você vai ler
Quais são as funções do departamento fiscal?Funções essenciais do setor fiscal:Lista abrangente das funções e responsabilidades típicas do setor fiscal dentro de uma empresa brasileira. 7 rotinas do setor fiscal em uma empresa. Como funciona a rotina do setor fiscal?Diferenças entre setor ou departamento fiscal de uma empresa com o serviço de um escritórios de contabilidadeComo o setor fiscal e o setor contábil se relacionam/trabalham juntos?setor fiscal

O setor fiscal é um departamento crucial em qualquer empresa, pois garante a conformidade com as leis tributárias e gerencia as obrigações fiscais. Além disso, esse departamento pode ser a peça-chave para criar oportunidades significativas de economia com impostos.

Este artigo explora em detalhes o papel e as responsabilidades e a importância do setor fiscal.

O setor fiscal é super importante para manter as operações de uma empresa funcionando bem. Não importa se a empresa é grande ou pequena, ou qual é seu ramo – toda empresa brasileira precisa lidar com várias regras sobre impostos, documentos e mudanças nas leis tributárias.

Esse é o departamento que vai garantir conformidade tributária, gerenciar obrigações fiscais, prevenir multas e buscar por uma economia legal sobre os impostos aplicados à uma empresas.

Muita gente pensa que o setor fiscal só cuida de papelada e burocracia, mas na verdade ele pode fazer muito mais! Este departamento é fundamental para o sucesso da empresa: além de manter tudo certinho com a lei, ele ajuda a economizar dinheiro e fornece informações valiosas para a gestão do negócio. Esse é o setor para dar o xeque-mate contra o poder tributante que cobra impostos demais!

Quais são as funções do departamento fiscal?

O setor fiscal desempenha um papel crítico na saúde financeira e operacional das empresas, sendo responsável por prevenir despesas desnecessárias, multas onerosas e problemas legais. Um departamento fiscal bem gerenciado pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma organização, pois suas atividades impactam diretamente na redução de custos, na prevenção de autuações fiscais e na otimização tributária legal.

O departamento fiscal é absolutamente fundamental e estratégico para qualquer organização empresarial, independentemente do seu tamanho ou setor. Sua importância vai muito além da simples burocracia de calcular e pagar impostos. Veja os principais motivos:

  1. Garantia de Conformidade Legal (Compliance):
    • Evitar Penalidades: A função mais básica e crucial é garantir que a empresa cumpra todas as obrigações tributárias (principais e acessórias) dentro dos prazos e das regras estabelecidas pela complexa legislação brasileira. O descumprimento gera multas pesadas, juros, e pode levar a processos fiscais.
    • Manutenção da Regularidade Fiscal: Estar em dia com o Fisco é essencial para obter Certidões Negativas de Débito (CNDs), que são exigidas para participar de licitações, obter financiamentos, realizar certas operações comerciais e até mesmo para a continuidade operacional em alguns setores.
    • Prevenção de Passivos Ocultos: Uma gestão fiscal inadequada pode criar passivos tributários que só são descobertos em auditorias ou fiscalizações futuras, comprometendo a saúde financeira da empresa.
  2. Impacto Direto na Saúde Financeira:
    • Otimização da Carga Tributária: Através do planejamento tributário, o setor fiscal busca as formas legais mais eficientes de tributação, escolhendo o regime tributário adequado (Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real) e aproveitando benefícios e incentivos fiscais, o que pode reduzir significativamente os custos da empresa.
    • Controle do Fluxo de Caixa: O conhecimento preciso dos valores e datas de vencimento dos tributos é vital para o planejamento financeiro e a gestão do fluxo de caixa.
    • Recuperação de Créditos: O setor fiscal é responsável por identificar e recuperar créditos tributários (como ICMS, IPI, PIS/COFINS não-cumulativos) a que a empresa tem direito, o que representa uma entrada de caixa ou redução de impostos a pagar.
    • Precificação Correta: A correta apuração dos impostos incidentes sobre vendas e serviços é essencial para a formação de preços competitivos e que garantam a margem de lucro desejada.
  3. Suporte à Tomada de Decisão Estratégica:
    • Análise de Investimentos e Operações: O impacto fiscal é um fator decisivo em muitas decisões estratégicas, como abrir uma filial em outro estado, lançar um novo produto, importar ou exportar, realizar fusões ou aquisições. O setor fiscal fornece análises essenciais para essas decisões.
    • Escolha de Fornecedores e Clientes: A situação fiscal de parceiros comerciais pode impactar a empresa (ex: direito a crédito de ICMS). O setor fiscal pode auxiliar nessa análise.
  4. Eficiência Operacional:
    • Integração com Outras Áreas: O setor fiscal interage constantemente com Compras, Vendas, Financeiro, Contabilidade e Logística. Informações fiscais corretas e processos bem definidos evitam gargalos, retrabalho e erros em toda a cadeia operacional (ex: emissão correta de notas fiscais, registro adequado de entradas).
    • Parametrização de Sistemas: A correta configuração fiscal nos sistemas ERP garante a automação e a precisão dos cálculos e registros, agilizando os processos.
  5. Mitigação de Riscos e Reputação:
    • Redução do Risco de Autuações: Uma gestão fiscal proativa e correta diminui significativamente a probabilidade de a empresa ser autuada pelo Fisco.
    • Imagem e Credibilidade: Empresas com boa reputação fiscal tendem a ter mais credibilidade perante o mercado, clientes, fornecedores, bancos e investidores. Problemas fiscais podem arranhar severamente a imagem da organização.

Em resumo, o departamento fiscal não é apenas um centro de custo ou uma área burocrática. Ele é um guardião da conformidade legal, um agente de otimização financeira, um suporte essencial para a estratégia e um mitigador de riscos, sendo vital para a sobrevivência, a saúde financeira e o crescimento sustentável de qualquer empresa.

Funções essenciais do setor fiscal:

  1. Apuração de Tributos:
    • Cálculo de impostos diretos (IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica, CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
    • Cálculo de impostos indiretos sobre vendas e serviços (ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, ISS – Imposto Sobre Serviços).
    • Cálculo das contribuições sociais sobre o faturamento (PIS – Programa de Integração Social, COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
    • Cálculo de tributos retidos na fonte (IRRF, CSRF – PIS/COFINS/CSLL Retidas, INSS sobre serviços de terceiros, ISS Retido).
    • Apuração de tributos específicos de regimes especiais (ex: Simples Nacional).
    • Cálculo de impostos sobre importação/exportação (II, IE), se aplicável.
  2. Escrituração Fiscal:
    • Registro de todas as notas fiscais de entrada (compras, devoluções de vendas, transferências, etc.).
    • Registro de todas as notas fiscais de saída (vendas, remessas, devoluções de compras, transferências, etc.).
    • Registro de notas fiscais de serviço (tomados e prestados).
    • Registro de conhecimentos de transporte (CT-e) e manifestos de carga (MDF-e).
    • Registro do controle de produção e estoque (Bloco K do SPED Fiscal), quando obrigatório.
    • Lançamento de outros documentos fiscais relevantes.
  3. Entrega de Obrigações Acessórias:
    • SPED Fiscal (EFD ICMS/IPI): Escrituração Fiscal Digital para ICMS e IPI.
    • EFD Contribuições: Escrituração Fiscal Digital para PIS e COFINS.
    • ECF (Escrituração Contábil Fiscal): Substitui a antiga DIPJ, detalhando a apuração do IRPJ e CSLL.
    • DCTF / DCTFWeb: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (e previdenciários na Web).
    • EFD-Reinf: Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (complementar ao eSocial).
    • DIRF: Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte.
    • GIA / GIA-ST: Guia de Informação e Apuração do ICMS / Substituição Tributária (obrigações estaduais).
    • Declarações Municipais: Como DES (Declaração Eletrônica de Serviços) ou outras específicas de cada prefeitura para o ISS.
    • Outras declarações específicas: Dependendo do setor ou de regimes especiais (ex: Dmed, Dimob, Decred).
  4. Gestão de Documentos Fiscais:
    • Recebimento, validação e armazenamento (físico ou digital XML) de notas fiscais de entrada.
    • Emissão ou auxílio na emissão correta de notas fiscais de saída (NF-e, NFS-e, NFC-e).
    • Controle de numeração e séries de documentos fiscais.
    • Manifestação do Destinatário para notas fiscais eletrônicas recebidas.
  5. Parametrização Fiscal em Sistemas (ERP):
    • Configuração e manutenção de cadastros fiscais (clientes, fornecedores, produtos, serviços).
    • Definição de NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), CEST (Código Especificador da Substituição Tributária).
    • Parametrização de CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações).
    • Configuração das alíquotas e regras de tributação (ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISS) no sistema para cálculo automático.
    • Manutenção das tabelas de impostos (ex: Tabela TIPI).
  6. Cumprimento da Legislação e Compliance:
    • Acompanhamento constante das mudanças na legislação tributária (federal, estadual e municipal).
    • Interpretação das normas e aplicação correta nas operações da empresa.
    • Garantia de que a empresa está em conformidade com todas as exigências fiscais.
    • Atendimento a fiscalizações (entrega de documentos, esclarecimentos).
    • Obtenção e manutenção de Certidões Negativas de Débitos (CNDs).
  7. Planejamento Tributário (em conjunto com Contabilidade/Diretoria):
    • Análise e sugestão do regime tributário mais vantajoso (Simples, Presumido, Real).
    • Busca por benefícios fiscais e incentivos aplicáveis ao negócio.
    • Análise do impacto fiscal de novas operações, produtos ou filiais.
    • Otimização da carga tributária dentro da legalidade (elisão fiscal).
  8. Suporte a Outras Áreas:
    • Compras: Orientação sobre tributação na aquisição de bens e serviços, análise de crédito de impostos.
    • Vendas/Comercial: Orientação sobre a correta tributação nas vendas, formação de preços (considerando impostos), regras para diferentes estados/clientes.
    • Financeiro: Informação sobre valores e datas de vencimento dos tributos para fluxo de caixa, conciliação de pagamentos.
    • Contabilidade: Fornecimento de informações fiscais para a contabilidade geral, conciliação fiscal x contábil.
    • Logística: Orientação sobre documentação fiscal para transporte e movimentação de mercadorias.
  9. Controle e Recuperação de Créditos Tributários:
    • Identificação e aproveitamento de créditos permitidos (ICMS, IPI, PIS/COFINS não-cumulativo).
    • Controle de créditos extemporâneos ou acumulados.
    • Pedidos de ressarcimento, restituição ou compensação de tributos pagos a maior ou indevidamente.
  10. Gerenciamento de Certificados Digitais:
    • Controle da validade e renovação dos certificados digitais (e-CNPJ, e-CPF) necessários para as transmissões eletrônicas.

Essas funções demonstram a complexidade e a importância estratégica do setor fiscal, que vai muito além do simples cálculo de impostos, sendo fundamental para a saúde financeira e a conformidade legal da empresa.

Lista abrangente das funções e responsabilidades típicas do setor fiscal dentro de uma empresa brasileira.

Tarefas diárias e periódicas que um departamento fiscal normalmente executa ao atender uma empresa brasileira, especialmente nos regimes de Lucro Presumido ou Lucro Real. A intensidade e a distribuição exata podem variar conforme o contrato de serviço e o volume de operações do cliente.

Rotinas e Tarefas Diárias:

  1. Comunicação e Suporte Imediato:
    • Monitoramento de canais de comunicação (e-mail, telefone, sistemas de chamado) para responder dúvidas pontuais do cliente (ex: “Qual CFOP usar nesta operação?”, “Essa nota de serviço tem retenção?”).
    • Recebimento e triagem inicial de documentos enviados pelo cliente (ex: notas fiscais específicas que geram dúvida).
    • Verificação de alertas ou notificações em portais governamentais (e-CAC da Receita Federal, SEFAZ estaduais, Prefeituras), se aplicável e configurado.
  2. Monitoramento e Validação (Pode ser automatizado em parte):
    • Verificação da caixa postal eletrônica do DTE (Domicílio Tributário Eletrônico) da Receita Federal, Estados e Municípios.
    • Monitoramento da validação de NF-e recebidas contra a base da SEFAZ (geralmente via software) para garantir a autenticidade.
    • Acompanhamento de status de NF-e emitidas pelo cliente (autorização, cancelamento, cartas de correção).
  3. Acompanhamento da Legislação (Atividade Contínua):
    • Leitura de Diários Oficiais, portais de notícias tributárias e consultorias especializadas para identificar mudanças urgentes ou relevantes na legislação que possam impactar o cliente imediatamente.

Rotinas semanais do departamento fiscal com foco operacional e preventivo

Estas rotinas visam manter a operação fluindo, evitar acúmulos e identificar problemas rapidamente.

  1. Recebimento e Validação de Documentos Fiscais:
    • O que é: Conferir e validar Notas Fiscais Eletrônicas (NFe), Notas Fiscais de Serviço Eletrônicas (NFSe) e Conhecimentos de Transporte Eletrônicos (CTe) recebidos de fornecedores e emitidos pela empresa.
    • Como: Utilização de softwares que capturam XMLs diretamente da SEFAZ/Prefeituras ou recebimento por e-mail/portal. Verificação da validade da assinatura digital, autorização de uso e consistência dos dados.
    • LR/LP: Idêntico para ambos os regimes. Essencial para a correta escrituração e apuração de créditos (especialmente PIS/COFINS e ICMS/IPI no LR).
  2. Conferência Preliminar de Lançamentos (Entradas e Saídas):
    • O que é: Verificar se os documentos fiscais validados estão sendo corretamente lançados no sistema ERP (nos módulos fiscal, de estoque e financeiro).
    • Como: Amostragem ou checagem de lotes de lançamentos, comparando dados do XML com os dados registrados no sistema (CFOP, CST, valores, impostos destacados).
    • LR/LP: Idêntico. Garante a base correta para as apurações mensais.
  3. Monitoramento do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE / DEC):
    • O que é: Acessar regularmente as caixas postais eletrônicas mantidas pelos fiscos Federal, Estadual e Municipal.
    • Como: Acessar os portais (e-CAC da Receita Federal, portais SEFAZ estaduais, portais das Prefeituras) com certificado digital para verificar novas comunicações, intimações, avisos de pendência, etc.
    • LR/LP: Idêntico e crucial para ambos. Perder um prazo comunicado via DTE pode gerar multas pesadas.
  4. Verificação de Pendências Imediatas (Ex: NFe Denegada/Rejeitada):
    • O que é: Monitorar o status das NFe emitidas pela empresa, tratando rapidamente as rejeitadas (erro de preenchimento) ou denegadas (irregularidade fiscal do emitente ou destinatário).
    • Como: Através do próprio sistema emissor de NFe ou software de gestão fiscal. Corrigir erros e retransmitir (rejeitadas) ou orientar a área comercial/cadastro (denegadas).
    • LR/LP: Idêntico. Evita problemas na circulação de mercadorias e faturamento.
  5. Atualização de Cadastros Fiscais Básicos:
    • O que é: Validar e complementar informações fiscais de novos clientes, fornecedores ou produtos cadastrados durante a semana.
    • Como: Verificar NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) de produtos, códigos de serviço (LC 116/03), regime tributário de parceiros (consulta Sintegra/Receita Federal), dados de endereço, etc.
    • LR/LP: Idêntico. Erros de cadastro geram erros em cascata nas apurações e obrigações acessórias.
  6. Acompanhamento de Prazos Curtos:
    • O que é: Monitorar prazos que vencem em poucos dias, como manifestação do destinatário sobre NFe (ciência, confirmação, desconhecimento), prazo para cancelamento de notas fora do padrão, etc.
    • Como: Controle via planilhas, alertas de sistema ou softwares específicos.
    • LR/LP: Idêntico. Garante conformidade e evita multas ou impossibilidade de realizar certas operações.
  7. Organização e Arquivamento Digital Preliminar (XMLs):
    • O que é: Garantir que todos os arquivos XML (recebidos e emitidos) da semana estejam sendo corretamente armazenados e organizados em repositório seguro.
    • Como: Verificar pastas de armazenamento, backups, e a funcionalidade do software de gestão de documentos fiscais eletrônicos (GED/ECM Fiscal).
    • LR/LP: Idêntico. Obrigação legal de guardar os XMLs por 5 anos.

Tarefas Periódicas do setor ou departamento fiscal, geralmente mensais, mas podem ter ciclos diferentes

Ciclo Mensal (Mais Comum):

  1. Coleta de Dados:
    • Recebimento de todo o movimento fiscal do mês anterior enviado pelo cliente (via sistema, planilhas, arquivos XML, etc.):
      • Notas Fiscais de Entrada (Mercadorias, Serviços Tomados, Conhecimentos de Transporte).
      • Notas Fiscais de Saída (Vendas, Prestações de Serviço, Remessas, Devoluções).
      • Relatórios de controle de estoque e produção (se aplicável, para Bloco K).
      • Informações sobre movimentação financeira para conciliações (extratos, comprovantes de pagamento de impostos do mês anterior).
      • Informações da folha de pagamento para retenções (INSS, IRRF) e para a DCTFWeb/EFD-Reinf.
  2. Processamento e Escrituração Fiscal:
    • Importação dos arquivos XML (NF-e, NFS-e, CT-e) para o software fiscal da assessoria.
    • Digitação ou importação de outros documentos não eletrônicos ou informações complementares.
    • Classificação fiscal das operações (verificação de CFOP, CST, NCM, alíquotas).
    • Realização da escrituração fiscal nos livros digitais (geração dos dados para SPED Fiscal, EFD Contribuições, etc.).
  3. Apuração dos Tributos:
    • Cálculo do ICMS (débitos, créditos, diferencial de alíquotas, ST).
    • Cálculo do IPI (débitos e créditos).
    • Cálculo do ISS (sobre serviços prestados e retido sobre serviços tomados).
    • Cálculo do PIS e COFINS (regime cumulativo ou não-cumulativo, com apuração de créditos se Lucro Real).
    • Apuração das Retenções na Fonte (IRRF, CSRF, INSS sobre serviços).
    • Prévia da apuração do IRPJ e CSLL (especialmente importante no Lucro Real para estimativas mensais, ou cálculo trimestral no Presumido).
  4. Geração das Guias de Recolhimento:
    • Emissão das guias (DARF, GNRE, DAE, guias municipais) com os valores apurados e datas de vencimento.
    • Envio das guias para o cliente realizar o pagamento.
  5. Entrega das Obrigações Acessórias Mensais:
    • Geração, validação e transmissão dos arquivos digitais:
      • SPED Fiscal (EFD ICMS/IPI).
      • EFD Contribuições (PIS/COFINS).
      • DCTFWeb (confissão de débitos previdenciários e de terceiros, após fechamento do eSocial e EFD-Reinf, geralmente feitos pelo DP/Contábil, mas validados pelo fiscal).
      • EFD-Reinf (informações sobre retenções sem relação com trabalho e receita bruta para CPRB).
      • Declarações Estaduais específicas (ex: GIA em SP, DAPI em MG).
      • Declarações Municipais (ex: DES, GISSOnline, Nota Carioca – dependendo do município).
  6. Conciliação e Relatórios:
    • Conciliação dos impostos apurados com os registros contábeis (se a contabilidade também for feita pela assessoria ou em parceria).
    • Conciliação dos pagamentos realizados pelo cliente com as guias emitidas.
    • Elaboração de relatórios gerenciais sobre a carga tributária, créditos aproveitados, etc. (conforme contratado).

Estas rotinas concentram-se no fechamento do período, cálculo dos tributos devidos e entrega das obrigações acessórias principais.

  1. Apuração de Impostos Indiretos (ICMS, IPI, ISS):
    • O que é: Calcular o valor devido de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ISS (Imposto Sobre Serviços).
    • Como: Confrontar débitos (saídas/prestações) com créditos (entradas/insumos permitidos), aplicar alíquotas corretas, considerar benefícios fiscais, ST (Substituição Tributária), DIFAL (Diferencial de Alíquotas). Gerar as guias de recolhimento (GARE, DAR, DARM, etc.).
    • LR/LP: A sistemática básica é similar, mas empresas do LR (indústrias/equiparadas) tendem a ter apuração de IPI mais complexa e maior volume/complexidade de créditos de ICMS. Empresas de serviço (LP ou LR) focam no ISS.
  2. Apuração de PIS/COFINS:
    • O que é: Calcular as contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
    • Como:
      • Lucro Presumido (Regime Cumulativo): Aplicar as alíquotas (geralmente 0,65% para PIS e 3% for COFINS) diretamente sobre o faturamento bruto, sem direito a créditos (com algumas exceções).
      • Lucro Real (Regime Não-Cumulativo): Aplicar as alíquotas (geralmente 1,65% para PIS e 7,6% para COFINS) sobre o faturamento, mas permitindo o desconto de créditos sobre custos, despesas e encargos permitidos por lei (insumos, energia elétrica, aluguéis, depreciação, etc.). Apuração bem mais complexa.
    • LR/LP: Diferença crucial na sistemática de cálculo e complexidade. Gerar DARF para recolhimento.
  3. Fechamento Fiscal Mensal e Conciliações:
    • O que é: Validar todos os lançamentos fiscais do mês, conciliar informações entre os módulos (fiscal, contábil, estoque, financeiro) e garantir a integridade dos dados antes de gerar as obrigações acessórias.
    • Como: Rodar relatórios de conferência no ERP, analisar livros fiscais (Registro de Entradas, Saídas, Apuração ICMS/IPI), comparar valores apurados com os registros contábeis.
    • LR/LP: Essencial para ambos. No LR, a atenção aos detalhes que geram créditos (PIS/COFINS, ICMS, IPI) é redobrada.
  4. Geração e Entrega da EFD-Contribuições (SPED PIS/COFINS):
    • O que é: Declaração digital detalhada das operações que servem de base para a apuração do PIS e da COFINS.
    • Como: Extrair dados do ERP, validar no Programa Validador e Assinador (PVA) da Receita Federal, corrigir erros/advertências e transmitir via Receitanet.
    • LR/LP: Obrigatório para ambos (com exceções para empresas muito pequenas no LP). O conteúdo e a complexidade são muito maiores para empresas do LR devido ao detalhamento dos créditos.
  5. Geração e Entrega do SPED Fiscal (EFD ICMS/IPI):
    • O que é: Declaração digital detalhada das operações de entrada e saída, estoques e apuração do ICMS e IPI.
    • Como: Similar à EFD-Contribuições: extrair dados do ERP, validar no PVA específico, corrigir erros e transmitir para a SEFAZ do estado (e Receita Federal para IPI).
    • LR/LP: Obrigatório para a maioria das empresas contribuintes de ICMS/IPI em ambos os regimes. A complexidade pode variar com o volume e tipo de operação (ex: Bloco K – Controle de Produção e Estoque, mais comum em indústrias do LR).
  6. Geração e Entrega da DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais):
    • O que é: Declaração onde a empresa informa à Receita Federal os débitos apurados de tributos federais (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, etc.) e os respectivos pagamentos ou formas de quitação (compensação, parcelamento).
    • Como: Preenchimento no programa da DCTF, informando valores apurados (obtidos nas rotinas 1 e 2) e os pagamentos realizados. Transmissão via Receitanet.
    • LR/LP: Obrigatório para ambos. Confessa a dívida tributária. A DCTFWeb substituiu parte da DCTF para contribuições previdenciárias e de terceiros (oriundas do eSocial e EFD-Reinf).
  7. Geração e Entrega da EFD-Reinf (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais):
    • O que é: Complementar ao eSocial, declara retenções de tributos (IRRF, CSLL, PIS, COFINS, INSS) sobre serviços tomados e prestados, contribuição previdenciária sobre receita bruta (CPRB), e outras informações.
    • Como: Extrair dados do ERP (contas a pagar/receber, fiscal), validar e transmitir. Alimenta, junto com o eSocial, a DCTFWeb para gerar a guia de INSS e outras contribuições.
    • LR/LP: Obrigatório para ambos, conforme o tipo de operação realizada.

Rotinas e Tarefas do setor ou departamento fiscal Ciclo Trimestral:

  1. Apuração Definitiva IRPJ/CSLL (Lucro Presumido): Cálculo final do IRPJ e CSLL do trimestre.
  2. Geração Guias IRPJ/CSLL: Emissão dos DARFs para pagamento (podendo ser em quotas).
  3. Revisão e Ajustes: Análise mais detalhada do período para identificar possíveis ajustes ou créditos não aproveitados nos meses anteriores.

Rotinas anuais do setor ou departamento fiscal com foco em fechamento geral, planejamento e conformidade

  1. Obrigações Acessórias Anuais:
    • ECF (Escrituração Contábil Fiscal): Uma das mais complexas, detalha a apuração do IRPJ e CSLL do ano-calendário, cruzando dados contábeis e fiscais (prazo geralmente em julho do ano seguinte).
    • DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte): Informa à Receita Federal os rendimentos pagos a terceiros e o imposto retido (prazo geralmente em fevereiro).
    • Outras declarações anuais específicas de setor ou estado/município.
  2. Planejamento Tributário para o Ano Seguinte:
    • Análise do desempenho fiscal do ano corrente.
    • Simulações para verificar se o regime tributário atual (Presumido ou Real) ainda é o mais vantajoso.
    • Sugestões de otimizações e aproveitamento de novos benefícios fiscais.
  3. Renovação de Certidões: Verificação e auxílio na obtenção/renovação de Certidões Negativas de Débitos (CNDs).

Estas rotinas consolidam o ano fiscal, cumprem obrigações de longo prazo e preparam a empresa para o futuro.

  1. Apuração Anual do IRPJ e CSLL (Lucro Real):
    • O que é: Para empresas do Lucro Real que optaram pelo balanço anual, esta é a apuração definitiva do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Mesmo para quem faz estimativa mensal, há o ajuste anual.
    • Como: Calcular o Lucro Real a partir do lucro contábil, fazendo adições (despesas não dedutíveis) e exclusões (receitas não tributáveis) no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) e LACS (Livro de Apuração da CSLL), hoje feitos eletronicamente via ECF (ver item 2). Calcular o imposto devido, compensar com estimativas pagas e gerar DARF para eventual saldo.
    • LR/LP: Específico do Lucro Real (anual ou ajuste). No Lucro Presumido, a apuração é trimestral e definitiva sobre a receita presumida, não havendo este ajuste anual complexo.
  2. Geração e Entrega da ECF (Escrituração Contábil Fiscal):
    • O que é: Substituiu a DIPJ. É uma declaração anual complexa que vincula os dados contábeis aos fiscais para apuração do IRPJ e da CSLL. Inclui o LALUR/LACS eletrônico.
    • Como: Extrair grande volume de dados contábeis e fiscais do ERP, importar para o PVA da ECF, realizar mapeamento de contas, preencher blocos específicos, validar, corrigir e transmitir.
    • LR/LP: Obrigatório para ambos, mas a complexidade é exponencialmente maior para o Lucro Real, exigindo detalhamento de adições, exclusões, contas contábeis, e registros específicos. No LP, é mais simplificada, focando nas receitas e bases presumidas.
  3. Geração e Entrega da DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte):
    • O que é: Declaração anual onde a empresa informa à Receita Federal todos os rendimentos pagos a pessoas físicas e jurídicas sobre os quais houve retenção de IRRF, mesmo que em um único mês. Inclui pagamentos a planos de saúde, lucros distribuídos a sócios, etc.
    • Como: Compilar informações dos sistemas de folha de pagamento (RH) e contas a pagar (Financeiro/Fiscal), importar para o programa da DIRF, validar e transmitir.
    • LR/LP: Obrigatório para ambos, caso tenham realizado pagamentos com retenção ou informações específicas exigidas.
  4. Planejamento Tributário para o ano seguinte:
    • O que é: Analisar os resultados do ano corrente, simular cenários e avaliar a melhor opção de regime tributário (Lucro Real vs. Lucro Presumido vs. Simples Nacional, se aplicável) para o próximo ano. Identificar oportunidades de economia fiscal lícita.
    • Como: Análise de balancetes, projeção de faturamento e despesas, estudo da legislação, cálculo comparativo dos impostos em cada regime. Reuniões com diretoria e contabilidade.
    • LR/LP: Fundamental para ambos. Uma empresa no LP pode verificar se não seria mais vantajoso migrar para o LR (ex: margens baixas, muitos créditos de PIS/COFINS). Uma empresa no LR pode confirmar se este ainda é o regime mais adequado.
  5. Revisão e Atualização de Parâmetros Fiscais e Cadastros Mestre:
    • O que é: Revisar anualmente todos os parâmetros fiscais configurados no sistema ERP (alíquotas, CFOPs, CSTs, NCMs, regras de tributação) e validar cadastros críticos (clientes, fornecedores, produtos) para garantir conformidade com a legislação vigente.
    • Como: Auditoria interna dos parâmetros do sistema, checagem de NCMs em tabelas oficiais (TIPI), validação de regimes tributários de parceiros.
    • LR/LP: Idêntico. Garante que as operações do ano seguinte começarão com dados corretos.
  6. Renovação de Certificados Digitais:
    • O que é: Controlar o vencimento e providenciar a renovação dos certificados digitais (e-CNPJ, e-NFe) essenciais para a emissão de notas e entrega de obrigações acessórias.
    • Como: Agendamento com Autoridade Certificadora, validação presencial ou por videoconferência (conforme o caso), instalação dos novos certificados nos sistemas e servidores.
    • LR/LP: Idêntico. Sem certificado válido, a empresa fica impedida de operar fiscalmente.
  7. Auditoria Interna e Preparação para Auditoria Externa/Fiscalizações:
    • O que é: Realizar uma revisão geral dos procedimentos fiscais do ano, organizar a documentação (física e digital), preparar relatórios e planilhas de suporte para eventuais auditorias (internas, externas independentes ou do fisco).
    • Como: Checagem de livros fiscais, conciliações, cópias de segurança (XMLs, SPEDs, Recibos), pastas de processos fiscais (consultas, regimes especiais).
    • LR/LP: Importante para ambos, mas geralmente mais intenso no Lucro Real devido à maior complexidade e escrutínio fiscal sobre créditos e despesas dedutíveis.

 7 rotinas do setor fiscal em uma empresa. Como funciona a rotina do setor fiscal?

1 – Gestão de Notas Fiscais

Começando pelo básico, é função do departamento fiscal fazer a gestão das notas fiscais.

Essa gestão compreende as NFs de saída e de entrada, bem como aquelas de devolução e de remessa para conserto.

Sempre que houver alguma transação comercial, é fundamental que haja uma nota fiscal para comprovar a compra e venda, pois toda essa documentação deverá ser enviada à Receita Federal quando solicitado.

2 – Recebimento e escrita fiscal

É bastante comum de observar empresas que simplesmente recebem as mercadorias de seus fornecedores sem confirmar se a nota fiscal que lhes foi entregue é válida ou foi cancelada.

Depois que a mercadoria é recebida, esse tipo de erro na NF geralmente só é percebido na hora de declarar o SPED Fiscal. Dessa forma, isso pode acabar gerando multas por parte da Receita Federal, além de retrabalhos para buscar as informações que foram perdidas.

Nesse sentido, faz parte das rotinas do departamento fiscal receber e escriturar todas as NFs que chegam até a empresa.

Os profissionais desse setor acessam o portal da Secretaria da Fazenda para verificar se as informações contidas na nota fiscal são válidas.

3 – Conferência de toda a documentação fiscal;

Também cabe a este departamento fazer a conferência de toda a documentação fiscal.

Quando a NF chega à empresa junto com a mercadoria, é possível que haja certas incongruências relacionadas aos tributos na escrituração.

Os quatro casos mais comuns de divergência de informações envolvem:

  • o Código de Situação Tributária;
  • a origem de mercadoria;
  • a alíquota dos impostos;
  • a Nomenclatura Comum do Mercosul.

Para evitar que isso aconteça, faz parte da rotina do departamento fiscal assegurar que a NF esteja devidamente preenchida e validada de acordo com a Receita Federal.

5 – Apuração de tributos

Outra atividade que faz parte da rotina do departamento fiscal é a apuração dos tributos.

Cabe a este setor apurar todos os impostos que incidem sobre as atividades da empresa a fim de verificar se está tudo de acordo com a legislação vigente.

Alguns dos principais impostos são:

  • IRPJ – Imposto de Renda para Pessoa Jurídica;
  • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
  • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
  • ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza;
  • INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;
  • PIS – Programa de Integração Social;
  • COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

6 – Auxílio na classificação fiscal de novos produtos

Se a sua empresa importa ou exporta produtos, é fundamental estar atento à classificação fiscal dessas mercadorias.

Isso porque cada produto que entra ou sai do país possui um código de NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul – e é taxado de maneira diferente ao entrar ou sair do Brasil.

Essa classificação pelo código NCM serve para determinar as alíquotas de importação ou exportação dos produtos.

Assim, caso você queira comprar ou vender ou lançar um novo produto, o departamento fiscal tem como rotina auxiliar a empresa nessa classificação fiscal.

7 – Cumprimento das obrigações tributárias acessórias

Outro aspecto da rotina do departamento fiscal envolve o cumprimento das obrigações tributárias acessórias.

Tratam-se de informações comprobatórias sobre o recolhimento de impostos. Por exemplo:

  • EFD – Escrituração Fiscal Digital;
  • ECD – Escrituração Contábil Digital;
  • DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais;
  • DASN – Declaração Anual do Simples Nacional;
  • DEFIS – Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais;
  • DIRF – Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte.

Diferenças entre setor ou departamento fiscal de uma empresa com o serviço de um escritórios de contabilidade

Em Resumo: A Contabilidade registra o “filme” completo da vida financeira da empresa sob a ótica patrimonial e de resultado. O Fiscal pega partes desse “filme” (receitas, custos, despesas específicas) e aplica as regras tributárias para calcular e pagar os impostos devidos e informar isso detalhadamente ao governo.

Consultores Tributários

O relacionamento entre o setor fiscal de uma empresa e os escritórios de contabilidade é frequentemente mal compreendido, mas suas diferenças e complementaridades são fundamentais para o sucesso empresarial. Enquanto o setor fiscal opera internamente na empresa, os escritórios de contabilidade atuam como parceiros externos especializados.

O setor fiscal interno possui uma visão mais próxima e imediata das operações diárias da empresa, lidando diretamente com a documentação fiscal, controle de notas fiscais, apuração de impostos e acompanhamento constante das mudanças na legislação tributária. Esta proximidade permite uma atuação mais ágil e personalizada, adequada às necessidades específicas do negócio.

Por outro lado, os escritórios de contabilidade oferecem uma perspectiva mais ampla e diversificada, baseada em sua experiência com diferentes clientes e setores. Eles são responsáveis pela consolidação das informações contábeis, elaboração de demonstrações financeiras e pelo cumprimento de obrigações legais mais abrangentes, que vão além do escopo puramente fiscal.

Setor Contábil (Contabilidade):

  • Foco Principal: Registrar todos os eventos econômicos e financeiros que afetam o patrimônio da empresa (compras, vendas, pagamentos, recebimentos, depreciação, empréstimos, etc.).
  • Objetivo Principal: Elaborar as demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC, etc.) que reflitam a situação patrimonial e o desempenho financeiro da empresa de forma fidedigna.
  • Base Normativa: Princípios e Normas Contábeis (CPCs no Brasil, convergentes com as IFRS internacionais), Lei das S.A. (Lei 6.404/76).
  • Usuários da Informação: Gestores internos, sócios, acionistas, investidores, bancos, fornecedores e também o Fisco (mas de forma mais ampla que o setor fiscal).
  • Entregas Típicas: Balancetes de verificação, Livro Diário, Livro Razão, Demonstrações Financeiras, ECD (Escrituração Contábil Digital).

Setor Fiscal (tributário)

Embora diferentes, os setores são complementares e interdependentes. O setor fiscal fornece informações essenciais para os registros contábeis, enquanto a contabilidade oferece base para análises fiscais e tributárias. A integração eficiente entre eles é fundamental para a saúde financeira e compliance da empresa.

Uma diferença crucial está na natureza do trabalho: enquanto o setor fiscal foca em operações tributárias específicas e compliance fiscal diário, os escritórios de contabilidade têm uma abordagem mais holística, integrando aspectos fiscais, contábeis, trabalhistas e societários. Esta visão mais completa é essencial para o planejamento estratégico e tomada de decisões empresariais.

A comunicação entre ambos é vital para o sucesso da gestão fiscal e contábil. O setor fiscal fornece informações detalhadas e atualizadas sobre as operações da empresa, enquanto o escritório de contabilidade utiliza esses dados para gerar análises mais complexas e orientações estratégicas. Esta sinergia permite uma gestão mais eficiente e completa dos aspectos fiscais e contábeis da organização.

É importante ressaltar que, embora distintos, ambos são igualmente importantes e complementares. O setor fiscal interno garante o controle diário e a conformidade imediata, enquanto o escritório de contabilidade proporciona a expertise técnica e o suporte necessário para questões mais complexas e estratégicas. Esta parceria, quando bem estabelecida, resulta em uma gestão fiscal e contábil mais eficiente e segura para a empresa.

Como o setor fiscal e o setor contábil se relacionam/trabalham juntos?

O setor fiscal e o setor contábil mantêm uma relação estreita e colaborativa, onde o fiscal fornece dados cruciais sobre operações tributárias, documentos fiscais e apuração de impostos, enquanto a contabilidade utiliza essas informações para registros contábeis, análises financeiras e demonstrações contábeis. Esta parceria é fundamental, pois as informações fiscais alimentam diretamente os registros contábeis, e a contabilidade oferece suporte para decisões estratégicas relacionadas à área fiscal. O fluxo constante de informações entre os dois setores garante a precisão dos dados financeiros e o cumprimento das obrigações legais da empresa.

A interdependência é total e o fluxo de informações é constante e bidirecional:

  • Contabilidade fornece dados para o Fiscal:
    • Receitas: A base de cálculo da maioria dos tributos sobre faturamento (PIS, COFINS, ISS, ICMS, IRPJ/CSLL no Presumido) vem dos registros contábeis de vendas e serviços.
    • Custos e Despesas: Para empresas no Lucro Real, a contabilidade detalha os custos e despesas que podem gerar créditos de PIS/COFINS ou que são necessários para apurar o Lucro Real (base do IRPJ/CSLL). A contabilidade identifica despesas dedutíveis e indedutíveis.
    • Ativo Imobilizado: A contabilidade controla a depreciação e amortização, informações usadas pelo Fiscal para calcular créditos (PIS/COFINS, CIAP do ICMS) e para ajustes no Lucro Real.
    • Contas a Pagar/Receber: Informações sobre pagamentos e recebimentos com retenção na fonte (IRRF, CSRF, INSS) são essenciais para o Fiscal gerar a DIRF e a EFD-Reinf.
  • Fiscal fornece dados para a Contabilidade:
    • Tributos Apurados: O valor dos impostos calculados pelo Fiscal (ICMS a pagar, PIS a recolher, IRPJ provisionado, etc.) precisa ser registrado na Contabilidade como despesa (no resultado) e/ou passivo (no balanço).
    • Créditos Tributários: Os créditos apurados pelo Fiscal (ex: créditos de PIS/COFINS não cumulativos, ICMS a recuperar) são registrados na Contabilidade como um ativo (direito da empresa).
    • Guias Pagas: A informação dos pagamentos efetuados pelo Fiscal alimenta a baixa dos passivos tributários na Contabilidade e a conciliação bancária.
    • Obrigações Acessórias: Declarações como a ECF (Escrituração Contábil Fiscal) exigem uma integração profunda, onde dados contábeis são mapeados e complementados com informações fiscais para gerar uma única declaração para a Receita Federal.
  • Processos Integrados:
    • Fechamento Mensal/Anual: Ambas as áreas precisam conciliar seus números para garantir consistência antes de fechar o período contábil e gerar as declarações fiscais.
    • Sistemas ERP: Geralmente, os módulos Fiscal e Contábil são integrados no mesmo sistema, facilitando o fluxo de informações, mas exigindo parametrização correta e colaboração constante.
    • Auditorias: Auditores (internos ou externos) frequentemente analisam a interação e a reconciliação entre as duas áreas.

Você pode se interessar em ler: Auditoria fiscal tributária, 4 vantagens competitivas para sua empresa

Tags: departamento fiscal rotinas,

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